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O Cachorro Branco:



Tenho uma cachorra que se chama Lili. Ganhei de meu ex-namorado, quando ele se mudou daqui. Ela é pequena, quando está limpa seu pelo é dourado, linda... Cuido dela a mais de dois anos. Ultimamente ela vem tendo um problema, nada que não seja de sua própria natureza, mas isso incomoda. Está no cio e isso faz com que a minha casa fique lotada de cachorros, machos que são atraídos por ela.
Por conta disso tivemos que trancá-la numa caixa de cerveja, na oficina de casa. Fico triste com isso, mas essa é a única solução. Ninguém quer que ela “engravide” de novo, pois em seus últimos partos matou todos os filhotes. Não que ela seja uma mãe desnaturada, ela mata por sentir dor mesmo, costuma dar para cachorros maiores e isso faz com que os filhotes sejam grandes também. O que explica o ato assassino.
Pois bem... Diante da explicação quero contar agora algo que aconteceu por meio disso. Foi há alguns dias atrás, quando percebi que ao lado da caixa onde estava Lili ficava sempre um cachorro branco. O coitadinho é doente e eu costumo tratar dele de vez em quando.
Naquele dia eu estava voltando da casa de minha avó e após abrir o portão para entrar em casa parei para olhar na direção onde estava a caixa. O cachorro estava lá. Ele abanava o rabo, feliz da vida a me ver. Dentro da caixa Lili chorava, implorando para que fosse libertada. Então pensei, que bonitinho! O cachorrinho branco é amigo de Lili e está ali com ela, ajudando-a a enfrentar a triste prisão.
Confesso meus amigos, aquele gesto de amizade animal amoleceu meu coração. Então deixei de lado qualquer ordem dos meus pais, que não queriam que ela fosse solta e levantei a caixa, libertando minha cadelinha.
Ela saiu toda contente, abanando o rabo, correndo para todos os lados depois pulando em cima de mim, pedindo carinho. E o cachorro branco, seu amigo, aquele que me incentivou a soltá-la...  A primeira coisa que fez foi colocar aquele pênis vermelho e asqueroso para fora e tentar subir em cima dela!
Aquilo me revoltou, aflorou toda minha raiva. Como eu pude ser estúpido a ponto de acreditar na amizade entre dois animais de sexo oposto? Eu estava enganado. Aquela visão me provou que o cachorro só estava ali porque queria comê-la. Isso me fez lembrar a natureza masculina, me fez relacionar aquele ato aos homens e mais uma vez fiquei diante de uma idéia que a própria vida que eu levo insiste em me provar que é verdadeira.
A natureza masculina é nojenta. Imunda. Podre. Tudo o que é masculino está longe de ser decente... Talvez tudo não passe de uma idéia, mas queridos, ninguém imagina como é ser tratado assim e conhecer os motivos de tudo. >(como eles são e me tratam)<
Eu odeio, odeio mesmo as coisas masculinas da vida. Odeio tanto. Odeio ainda mais quando até mesmo dois animais me mostram que eu estou certo e tenho motivos para odiar... Mas não há nada que eu possa fazer para mudar isso.
E espero me sentir assim por algum tempo. Pois ainda preciso dessa energia que me move, para aprender a não depender do masculino, para esquecê-lo. Não posso fazer nada contra os caras, para me sentir vingado mas... O cachorro branco...
Vou dar veneno a ele e assistir a agonia... Quando estiver quase morto, soltarei Lili novamente. Coma ela! Coma ela agora seu merda! Seu cachorro! Mostre como os machos fazem agora... Seu desgraçado!
Acho que mereço dar esse presente a mim mesmo, não?

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