Blog em Manutenção:

Blog em manutenção, desculpe-me o constrangimento... Em breve o novo design estará pronto, obrigado pela atenção.

O Sıłêηcıσ ∂σ Jαя∂ıм:

     Eu vou ficar em silêncio agora, cuidar do meu jardim para você, menininho que balança meu coração.
      Pode parecer que me afastei. Que deixei você para sempre, que não quero mais fazer parte da sua vida.
      Você vai pensar que eu não ligo mais... Mas não se engane.
      Eu vou estar em baixo da tua cama, atrás da porta de seu quarto, em baixo do muro da sua casa. 
      Eu vou te ver respirando, acordando, rotinando e dormindo.
      Eu estarei aqui, escondido...
      Até que você se decida. 
      Até que você aprenda a me procurar. 
      Até você saber que gosta de mim de verdade.
Eu estarei cuidando do meu jardim, menininho que me deixa maluco, para quando você voltar...
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É Assim Mesmo a Morte?:

      Ontem dormi tarde e hoje, após ter acordado depois do meio dia, não entendi porque certas coisas não saíram da minha cabeça... Pessoas que já vi perto da morte, ou mortas!
      Isso não me assusta, pois isso faz parte da vida. Mas é agonizante estar com estes pensamentos.
      
      Primeiro o garoto que encontrei no hospital (quando eu estava internado curando um corte que tinha feito em meu braço)... Ele lutava contra o vírus HIV e estava mais magro do que um grilo. Seus olhos fundos, seus braços perfurados, a cama amassada, a tristeza no olhar, a prisão daquele quarto. Pensei – é assim mesmo a morte? Após alguns dias ele não estava mais lá.

      Meu avô, que certo dia começou a sorrir e cantar cantigas de adeus – “adeus minha pamporrilha” dizia ele, escrevendo frases de amor numa caderneta velha. No dia seguinte o encontraram deitado na cama, dormindo como um anjo... Mas suas mãos cruzadas estavam frias demais – é assim mesmo a morte? Ele estava morto! (e ele sabia que ia morrer)
      O vi deitado no caixão com uma roupa social branca, (nunca me esqueci desse dia). Lágrimas caíam do rosto de meus familiares, mas diferente de todos, com os olhos secos, apenas pensava – é assim mesmo a morte? E assistia o caixão descer para escondê-lo para sempre.
  
      O Pai (que era preconceituoso) do meu ex namorado, dias depois que descobriu nosso caso, fez seu filho chorar e babar de tristeza. Eu estava no bar, jogando sinuca, quando ele chegou e me puxou pelos braços... No piso branco da cozinha o velho estava deitado... Toquei em seus pulsos e descobri, ele não estava mais entre nós. Infarto fulminante! Ninguém pensou na despedida, mal mal o enterraram, a herança foi mais importante... Dias depois meu namorado sorria novamente (embora ainda chore de vez em quando, após anos)


      Eu penso agora em todos esses casos e o texto seria gigante se eu registrasse todos. Porque as pessoas partem? Para onde elas vão? É ASSIM MESMO A MORTE? Não posso saber...
Já tentei ver sua face... mas porque ela só leva os que não a desejam? Para onde ela os levam? Talvez para o mesmo lugar que estou agora. Sentindo estes mortos ao meu lado, gritando em meus ouvidos para que eu não publique esta postagem...
      Mas quem me conhece sabe neah? Esse relato estará no ar em menos de um minuto. Mas a pergunta ainda está no ar... É assim mesmo a morte? Quem é que pode saber?...

 Ps >> Estou tremendo, nem sei como consegui digitar tudo isso... Foi mais difícil do que eu pensava...
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De Agora Em Diante:

      De agora em diante eu desejo uma vida de paz e amor, não importa o quanto eu esteja engolindo remédios para curar uma esquizofrenia... De agora em diante eu quero dormir em cachoeiras, ouvir o som dos pássaros, escrevendo poemas em baixo de uma árvore sob a tarde de uma primavera.
      De agora em diante vou deixar os gnomos tomar conta do meu jardim. Ficar por conta da criação, desabrochar minhas idéias como desabrocha uma flor, sem me preocupar em estar fazendo isso certo ou errado.
     Plantar e colher maconha no meu terreno intocável, fazer a cabeça longe da maldade, fumar como Deus criou para ser fumado, sem medos ou rancores. Ouvir Bob Marley, Cazuza e Raul Seixas... No topo de uma montanha, abduzido por um disco voador. De agora em diante a galáxia é meu limite. O céu é a porta da sala, a lua minha varanda, o céu a piscina do meu quintal. De agora em diante vou ser livre como uma águia.


      Pois cansei de entender meu coração perdido entre os gestos de um menino. Cansei de depender do gosto de um beijo para me sentir amado. Cansei de apanhar e levar desaforos para casa. De brigar com a vida por romances impossíveis. De chorar escondido no quarto quando meu pai alcoolizado me humilha com suas palavras.

     DE AGORA EM DIANTE serei O MUNDO! Estarei nas mãos da chuva, no brilho de um olhar, no sorriso de um anjo. De agora em diante fecharei as portas para a tristeza (que ela seja apenas uma lembrança que me faça rir por ter sido tão estúpida)
     De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante De agora em diante...
    Não me cansarei de pronunciar estas palavras, pois o passado não me leva a nada. Pois que olhar para trás é um toque que aguça as lágrimas.
    Aprendi a viver o presente e agora só me resta pensar no que virá De agora em diante!
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No Quarto Assombrado:

      O quarto estava mais branco do que de costume, ou seria a própria dor daquele último ato, daquelas últimas palavras, que estavam me fazendo ver tudo aquilo? Juro por Deus, eu não estava ali segundos antes e não me lembro de ter cruzado a porta... Sim, eu pulei pela janela, mas agora ela não estava lá. Tudo era branco, paredes brancas, teto branco... Eu era a única figura escura daquele lugar, com uma lâmina no bolso. Mas de onde ela havia surgido? Eu não tinha a mínima ideia...
      Mais visões apareceram diante dos meus olhos e eu via tudo como um holograma, bem diante de mim. Três homens nus deitados em um colchão sujo, acariciando-se, lambendo-se, apertando-se, beijando-se. Aquele seria eu? Entre os dois? Não acredito! Não pode ser! Eu dividia alguém que eu amava e sorria ao vê-lo entrelaçado ao corpo do outro garoto.
      A cena continuou mesmo depois de eu ter implorado para parar. Ela queria me mostrar o que eu havia feito, queria que eu sentisse, vivesse novamente, como numa anexação... Eu sabia o que era, aquele ato, aquele golpe... Não precisava mais daquele filme para me lembrar.
      Chega! Me traga de volta para a realidade... Eu não - num ato de desespero deslizei a lâmina sobre meu braço - não quero ver mais nada! O sangue já estava escorrendo, o quarto branco era tingido pelo vermelho, com a ferida aberta fechei os olhos para não morrer - e acordei.
      Tarde demais, eles já haviam saído. Meu namorado (que não é e nunca foi) estava caminhando por alguma rua fora da casa, magoado e ferido por minha culpa.
      Só me restava pedir perdão, pensei não ser tarde demais, mas o efeito da vodka não ajudava. Quantos minutos eu havia passado naquela viagem afinal? Chequei meus braços, não havia nada nele, eu não estava mais sonhando... Pulei a janela novamente e saí correndo...
      A chuva foi tudo o que encontrei, eu não existia mais no mundo dele. Somente a sombra do que acontecera cobria-se sobre sua mente. Ele deixara de me amar, mesmo sem nunca ter amado antes, deixou de me amar. Pedir perdão não foi o suficiente. Talvez seria melhor se o corte estivesse sido real, mas não foi.
     Minutos depois eu estava voltando para casa, me lembrando da última coisa que ele me dissera e me amaldiçoando por não ser perfeito. Enquanto o erro se transformava em consequência, gotas de chuva sangravam sobre mim, mais uma vez eu estava sozinho.
     Ao me deitar para dormir, já não sabia mais quem eu era. tudo não passava de uma alma monstruosa que destruiu mais um amor e suicidou o próprio coração, levando ao inferno alguém que tanto gostava de mim...
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