Blog em Manutenção:

Blog em manutenção, desculpe-me o constrangimento... Em breve o novo design estará pronto, obrigado pela atenção.

Invadindo-me!:


Deixou a mulher e o filho de dois anos dormindo. Vestiu as peças de roupa que escondia (aquelas comprometedoras para um pai) e pegou a estrada.
Duas horas depois comecei a ouvir as batidas. Não pode ser... Ele subiu as escadas e lá estava na minha janela... Toc, toc, toc... (pausa) TOC! TOC! TOC!
Filho da puta, pensei, mas apenas abri um sorriso, junto com a janela.

- Porque o chapéu? Se seu destino era um rodeio, acho que pegou o caminho errado.
- Quero fumar um baseado com você.

Poderia ser direto, dizendo o que pensava em fazer depois disso. Mas como um covarde que precisa se entorpecer antes de se abrir ele tirou o embrulho do bolso.

- Entre.

Pulou a janela e se sentou na minha cama, enquanto eu digitava mais uma postagem para meu Blog estúpido. Começou a enrolar lentamente, mais preocupado com minha falta de interesse do que com a quantidade de THC que colocava dentro daquele pedaço de papel.

- Não está muito interessado não é?
- No baseado? Não. Mas em você...

O movimento foi rápido e distraído com a digitação não percebi o que em segundos aconteceu. Limpei sua saliva da minha bochecha e o encarei.

- Em você, quero dizer, em você me dizer o que está rolando. Porque está aqui?

Ele amassou o cigarro feito e o deixou cair no chão.

- Eu não consigo. Já tentei, mas não consigo. Me casei para esconder, mas não dá! Não sei o que fazer, você me entende? Só sei que ainda te quero...

A concentração se despediu e tudo o que eu havia digitado foi por água abaixo. Ele estava ali e a merda estava feita, ele estava ali e eu estava mais nele do que em mim mesmo.
Mordi a língua, afoguei o tesão, dispensei a aventura e tentei ser sincero.

- Pensou em mim quando estava dentro daquela vagina?
- Sim... (abaixou a cabeça) (levantou a cabeça) Penso em todas as vezes, em todas as noites e em cada intimidade que tenho com a Clara.
- Então volte para casa e pense de novo.

Ele só não me bateu pelo bem do segredo que poderia arruinar sua vida. Olhou-me com raiva e pulou a janela.
O documento estava perdido, a tensão era presente... Olhei o baseado amassado no chão e pensei:

- Porque não?

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