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Nos Bares da Vida:




Engolimos cachaça e isso é de graça. 

Não temos fome nos fins de semana. Não precisamos nos lembrar quem nós somos quando o copo já passou da metade. O que vier é lucro, alguns problemas em mente e aquela ilusão de que as coisas podem ser esquecidas quando o sorriso quadrado do efeito nos invade o rosto.
Ah eu não preciso de ninguém e o dia não precisa amanhecer. Minhas palavras emboladas parecem fazer sentido, com aqueles segredos revelados que ninguém se lembrará no dia seguinte. Ah, eu não preciso esconder a tristeza sorrindo assim, tão embriagado.
Gente que não presta do lado e eu acreditando estar entre os melhores amigos. Homens procurando mulheres para comer, garotas querendo dinheiro para dar e drogas rolando.
Existem noites diferentes nessa cidade?
Os dedos estarão sempre apontados para você quando você estiver caindo nas calçadas. A língua afiada está sempre pronta para cortar a sua moral e você continua ali bebendo, achando que a vida se resume no foda-se de seus gritos. Essa é a liberdade pela qual você se arrepende quando acorda com dor de cabeça, tentando não se lembrar do que aconteceu.
Isso acontece quando você se cansa de viver lúcido, vulnerável a ter o coração partido. Quando você se cansa de acreditar que tudo vai acabar bem, você procura um bar. Ou quando o suado dinheiro do maldito trabalho precisa ser compensado, você chama a galera e comemora por estar vivo. Que tipo de idiota é você?
Eu não sei tocar guitarra para expressar todas as insatisfações, nem tenho aquela voz rouca que grita tristezas e faz o público chorar. Não sei dizer o quanto sou rico e cheio de mulher, não inspiro ninguém a comprar um carro e dirigir nele depois de algumas doses de whisky. Eu não sou o exemplo de homem de verdade e não olho para a bunda das garotas para afirmar que é isso que eu deveria ser.
Sou apenas o garotinho que viram bêbado no domingo passado. O que dizem não prestar, aquele que jamais vai agradar uma autoridade. O mais ou menos que vai te aliviar quando você não aguentar mais usar as mãos e uma revista de mulher pelada.
Sou tudo de mal que as pessoas podem dizer de mim, porque olhar seu coração e reconhecer alguma bondade não é virtude humana. Por este motivo, acho mesmo que só os meus cachorros me admiram.
Então encha meu copo, por favor... 

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