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O homem de verdade nasce duas vezes. Primeiro para a sociedade, depois para si mesmo. Ambos não são recíprocos, mas é bem assim a vida. >> I Born This Way
Eu deveria começar com uma lista indicando os nomes de todos aqueles que foram covardes diante do amor que eu senti. Mas será mesmo que por amores perdidos devo sujar o texto? Vai doer demais, meu olho vai ficar roxo depois, quando souberem o que fiz. E não é?
O pior de tudo é o que faço entre as paredes do quarto, desejando que alguém veja. As palavras que jogo pela janela, quando o vento está fraco demais para levá-las aos ouvidos daqueles que devem ouvir.
Frustram-me todas estas condições que devo aceitar para viver. A condição de amar os que me rejeitam, de ter que me machucar para sobreviver, de gritar para ter a devida atenção. E agora esta condição de me expor ao ridículo para saberem que estou vivo e que estou falando com eles.
Porque as pessoas partem deixando um buraco no meu coração? Porque elas não permanecem? Por que a arte de viver consiste em lutar, sem nunca desfrutar de uma única vitória?
Afinal, quando poderei me livrar de todas estas condições?
Acho que o amor deveria ser recíproco. Não deveria existir essa de se apaixonar por alguém que não sente o mesmo por mim. A felicidade tem uma condição, a condição de encontrar a pessoa certa. Porque na verdade duas pessoas nunca se amam mutuamente, sempre tem o que ama e o que rejeita. Até hoje isso é tudo o que conheço sobre o amor, e ainda tem os que dizem que ele é bom.
Se amar é indispensável, sofrer também é, pois isso é tudo o que consegui com o ato de amar. Sonhar, pensar, acreditar, ter fé, esperança, paciência, calma... Que se dane!
Já disseram que a vida sem desafios se torna sem graça, mas o que me dizem de viver o impossível? O que eu ganho vivendo dentro da minha própria cabeça, sem fatos reais para satisfazer os meus desejos? Se ao menos eu estivesse morto, isto poderia ser bem mais real, pois não dependeria do corpo para sentir, dos lábios para beijar, do abraço para aquecer. Eu sempre amei, não vou mentir, mas o que o corpo teve a ver com isso? O corpo nunca sentiu nada! Amei sozinho afinal. Pessoas que não se importavam comigo, que nem sabiam que eu pensava nelas todas as noites.
Mesmo escrevendo, blogando, vomitando os sentimentos sobre uma tela de computador, os filhos da mãe nem sabem que faço isso por eles. Preferem estar vivendo a mentira, enganando a si mesmos, agarrando as mulheres para negar o que já fizeram comigo. Só minha cama mesmo para saber... E eu deveria me importar?
Ser homem também tem lá suas condições. As roupas, as gírias, as atitudes, os gestos, os gostos... Tudo formal, tudo padronizado, tudo tão artificial. Refletir um conjunto de regras, se comparar a um animal (macho), ter um “filme” para zelar como se o importante mesmo fosse a platéia que julga e define se este “é ou não é”.
Aquele que me contou segredinhos obscenos apareceu depois na balada, bebendo cerveja, cheirando cocaína, quase pelado no meio da mulherada, se gabando – quem é este meu Deus?
O outro subiu em cima de mim, deitado na minha cama, lambendo meu pescoço. E reagiu a um pedido de namoro me dizendo que está apaixonado por uma mulher – Ave Maria!
Pior foi aquele que bebeu meu suor, deslizou a mão sobre cada curva do meu corpo, gemeu nos meus ouvidos, disse que me amava e depois, perto dos irmãozinhos, mostrou a foto de uma menina qualquer e disse: olha Brian, esta é minha namorada – Puta que Pariu Vééiii!
Tem muita gente por aí condicionada a exibir a maçã para esconder que gosta de banana. E tem muita mulher sendo usada por este tipo de gente. Meninas, cuidado... Muitos de nós nos aproximamos de vocês para pintar a fachada.
A condição de que só posso saber algo se alguém me disser também me deixa puto. Não deveria existir isso. Os pensamentos deveriam ser lidos, isto acabaria com a mentira e com a falsidade. Porque muita gente me diz um tipo de coisa quando está diante de mim, mas quando viro as costas, as palavras já são outras.
A capacidade de se acreditar ou desacreditar de alguém não é suficiente e bloqueia a confiança. Viver uma vida que pode muito bem ser rodeada de mentiras dificulta as coisas. Ainda mais quando vivo me relacionando com homens que seguem uma série de valores convencionais, rompendo estes valores em segredo, mas ao mesmo tempo tentando andar na linha chegando até mesmo a ser falso para defender tais valores.
Mas que valores são estes? Eu os desconheço. Para mim, digo, para mim, não confundam... O valor verdadeiro consiste em ser o que tem vontade de ser, o que é, o que foi destinado a ser. Defender as opiniões, os desejos, a personalidade, a individualidade, sem se preocupar se isto é aceitável ou não, isto sim é o valor verdadeiro de um homem. Na minha opinião.
Às vezes me sinto incapaz de lidar com a covardia e com o medo. Pois tendo sofrido tanto para adquirir a coragem de viver contra tudo o contra todos, acabo sempre sendo submetido a necessidade de me esconder para preservar o anonimato de um qualquer que eu possa me apaixonar.
Seria justo? Porra! As pessoas deveriam abrir os olhos. Porque todos vivem condicionados e não fazem nada para se livrarem de tais correntes?
Vamos amar, vamos viver sem esperar o apoio de ninguém, vamos ser livres... Meninos! Acordem para a vida! Tirem a maquiagem que esconde o que realmente são! Os olhos sempre dizem a verdade, fingir e se enganar para que?
Termino então...
Não querendo provar nada para ninguém, nem me titulando o dono da verdade. Não dizendo que estou certo ou errado, nem que a verdade é exatamente o que escrevi neste texto...
Termino em aberto e estendo a carapuça. Serviu para você? Então vista!
São José dos Campos, Madre de Deus de Minas, São Vicente de Minas, Barbacena...
Em cada lugar um coração diferente bate por mim.
Eu deveria ser o culpado?
Tantos querem ser feliz ao meu lado, e eu aqui, rejeitando a todos, sofrendo por quem não me merece...
Do que me adiantou a coragem? Do que me adiantou a luta? Do que me adiantou o conhecimento sobre essa vida que levo?
Do que me adiantou tudo isso se agora estou me entregando a um ser qualquer que não posso ao menos dizer o nome... Minha coragem é para aquele que sempre teve medo de estar ao meu lado?
Quem poderia condenar-me, além de mim mesmo?
Sofrendo humilhações na família, suportando o peso dessas lágrimas, incerto com meu futuro, dependendo dos que me discriminam até mesmo para comer...
Do que me adianta estas virtudes?
Afinal, qual parte de mim é amada pelas pessoas?
Um blog pobre, alguns seguidores, alguns comentários e uma vida inteira de vergonha...
Sem ao menos decidir o que realmente quero, sem ao menos lutar por algo mais concreto, vivendo estas aventuras perigosas, precisando de dor para me sentir vivo...
Onde pertenço afinal?
Com quem passarei o resto dos meus dias e quando irei mudar?
Sou um adulto agora, mas até meu rosto se recusa a ceitar.
Olho no espelho e vejo uma criança indefesa.
E eu não sei onde é meu lugar...
Ahhh! Nós homens! Somos tão bons...
Temos o orgulho de dizer: Macho sim senhor!
E nós amamos tanto as mulheres.
Nós que vamos para festas e baladas com os amigos... Gostamos tanto de vocês meninas, que apostamos cerveja. Onde o vencedor é aquele que “cata” mais.
Quando olhamos para aquela gata que está dando mole na pista, batemos no ombro uns dos outros e cochichamos. E fazemos uma fila, um depois do outro, e nos aproximamos dela. O que não levar fora é o melhor!
Nós ficamos com tantas de vocês, pois precisamos ter um vocabulário. E numa roda de amigos discutimos o quanto vocês são gostosas. Quanto mais temos o que dizer mais machos nós somos. E quando faltam as experiências nós tememos, eles podem nos chamar de “viado”.
Nós andamos com roupa de marca, som alto no carro e muito dinheiro no bolso. Pois é muito gentil que nós paguemos tudo para vocês. E nessa parte somos cavalheiros.
Nós namoramos e comentamos nossa intimidade com os nossos colegas. Nós as protegemos sob nossos braços fortes e ai de do outro cara que se aproximar.
Quando passeamos pela cidade, de mãos dadas com vocês, nós não conhecemos aqueles parceiros que se embebedam conosco, aqueles que se drogam conosco e que xingam palavrões para se divertir e chamar atenção, quando estamos com eles.
Nós escondemos de vocês tudo de ignorante que temos em nós, para não ferir a beleza que vocês possuem, para que vocês continuem acreditando que nós somos perfeitos e para que nós continuemos comendo vocês.
Oh, nós somos tão machos!
Mas os verdadeiros homens são aqueles que assumem o que pensam e o que são!
Mas será que assumimos para as meninas os verdadeiros machos que somos?
Penso no amor... De homem para homem... Você teria coragem de tentar compreender?
Tudo o que gira em torno de mim agora me leva nessa onda. Acreditar na vida é o remédio que estou tomando todos os dias quando acordo. Ahh! Quanta bobagem as pessoas levam em consideração. Se um dia descobri que a terra gira em torno do sol, hoje posso descobrir muito mais. E acreditem. meus segredos não serão revelados a vocês novamente. Vocês nunca estiveram preparados para as minhas descobertas.
Tudo o que eu tive foi uma dolorosa fogueira. Eles gritavam para que eu fosse executado. Todos me condenaram. E eu fiquei anos na escuridão sem saber o que fazer.
Agora encarnado estou disposto a resgatar tudo aquilo que já me pertenceu. Sou forte eu sei. Pois enquanto todos estão pensando que ser o machão é o necessário para dominar. Eu simplesmente estou no comando, com as orações que faço baixinho em meu quarto, com o amor que sinto até mesmo por aqueles que já me destruíram milhares de vezes.
Agora vocês estão aí. No mundo de tecnologia criado por suas mãos. Estão felizes pela riqueza que possuem e pelas regras que fazem valer. Mas acredite, esse reinado de ódio está chegando ao fim.
Pois um dia me verão na igreja que construíram, de mãos dadas com meu namorado, e vocês terão que abençoar quem um dia vocês consideravam pecadores.
E é triste, um espírito como eu, usar a mente deste homem para escrever para vocês, assim tão mesquinhamente. A linguagem de vocês é pútrida e sem sentido. Mas meu recado está dado! Compreendam se tiverem virtudes para isso...
Eu não ligo. Pelo amor ou pela dor, tudo se aprende. Dizia o título de um livro que interessou a Gabriel Myslinsky...